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A prática de yoga tem conquistado cada vez mais adeptos em todo o mundo, atraindo pessoas em busca de maior consciência corporal e qualidade de vida. No Brasil, ela conta com uma base de seguidores significativa. De acordo com dados compartilhados pela Summit Saúde em janeiro deste ano, o número de praticantes dessa modalidade ultrapassou a marca de 5 milhões no país.
Paralelamente, observa-se um crescente interesse dos brasileiros pelo empreendedorismo. Conforme o relatório de 2022 do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), cada vez mais pessoas aspiram a ter o seu próprio negócio.
Esse estudo foi conduzido em colaboração entre o Sebrae e a Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (Anegepe). Nesta edição, foram entrevistadas duas mil pessoas adultas, com idades variando entre 18 e 64 anos, junto a 52 especialistas.
Os resultados indicam que 67% dos adultos brasileiros estão envolvidos de alguma forma no empreendedorismo. Isso inclui tanto aqueles que já são proprietários de um empreendimento quanto os que estão dando os primeiros passos para iniciar o próprio negócio ou têm planos de empreender nos próximos três anos.
Em termos numéricos, isso representa um total de 93 milhões de adultos, sendo 42 milhões empreendedores já estabelecidos e outros 51 milhões potenciais empreendedores.
Neste contexto, o universo do empreendedorismo adquire uma nova perspectiva. Empreender na área de yoga atende à crescente demanda por práticas de bem-estar, permitindo a disseminação dos benefícios dessa filosofia. Dessa forma, aqueles interessados em saber como se tornar um instrutor de yoga podem iniciar a jornada para se tornar um guia nessa prática ancestral e, ao mesmo tempo, abrir o seu próprio negócio.
Diferentes vertentes
O yoga possui diversas correntes e tem suas raízes na Índia. Todas elas têm como objetivo central alcançar o autoconhecimento por meio da integração entre mente e corpo.
Acompanhando a tendência do universo fitness, as vertentes clássicas dessa prática milenar, como hatha, ashtanga, power, iyengar, kundalini, vinyasa e raja, estão sendo combinadas com outras atividades físicas, como ginástica e alongamento, praticadas em escolas e academias. Essa fusão de práticas abre novas oportunidades de negócio.
A falta de uma regulamentação oficial para a profissão gera debates entre os profissionais estabelecidos e os entusiastas da prática. No entanto, o caminho para se tornar um instrutor de yoga vai além da formação em Educação Física.
Muitos praticantes adotam o yoga como uma filosofia de vida e decidem se tornar professores para compartilhar seu conhecimento, enquanto outros optam por frequentar escolas de ensino tradicional de yoga para obter a qualificação como instrutores.
Um exemplo de sucesso nesse campo é o professor de yoga Leandro Castelo Branco. Inicialmente formado em Publicidade e Propaganda, ele mudou de área ao perceber que o ambiente corporativo não era adequado para ele.
Atualmente, é proprietário do seu próprio estúdio e observa que, desde o início, o local atraiu professores de diversas correntes. Essa diversidade contribuiu significativamente para a sua formação e conhecimento abrangente sobre o yoga.
Para ele, o estudo de posturas, meditações e mantras foi crucial no começo e continua sendo parte fundamental de sua jornada. “O estúdio foi um ponto de virada em minha vida, pois o yoga me mostrou que há diferentes caminhos para seguir, para além das carreiras tradicionais e corporativas”, destaca.
Com o tempo, Leandro percebeu a necessidade de criar uma metodologia para que outras pessoas pudessem transmitir esses ensinamentos. Atualmente, também empreende oferecendo cursos para formação de instrutores.
