Famosas brasileiras relatam experiências com o climatério

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Fernanda Lima, 52 anos, Eliana, 51, Claudia Raia, 57, e Maria Clara Gueiros, 59, estão entre as famosas que recentemente compartilharam experiências pessoais sobre o climatério e a menopausa, trazendo para o debate público sintomas como perda de libido, insônia, fogachos, dores articulares e até crises de ansiedade. Ao darem visibilidade ao tema, ajudam a romper o silêncio em torno de uma fase que atinge todas as mulheres, mas que ainda é cercada de tabus.
O climatério é uma travessia longa e silenciosa que pode durar de quatro a dez anos antes da menopausa. Nesse período, os hormônios oscilam, os sintomas aparecem, mas os exames muitas vezes continuam “perfeitos”. É como se o corpo falasse em código, invisível para quem só olha os números no papel. Durante esse tempo, a libido pode diminuir, a disposição se perder e a autoestima vacilar.
O marco oficial dessa jornada chega quando a menstruação cessa por completo: a menopausa. Mas esse não é o fim dos sintomas. Ao contrário, a queda definitiva do estrogênio acelera a perda de massa muscular, reduz o metabolismo, aumenta a gordura abdominal e pode afetar ossos, coração e até a memória.
Segundo o especialista em longevidade e reposição hormonal João Guilherme Loures, médico da Clínica Leger em São Paulo, a terapia de reposição hormonal (TRH) ainda desperta receio, mas, quando iniciada na faixa etária adequada e com acompanhamento médico, pode ser segura e trazer benefícios além do alívio dos fogachos. Entre eles estão a preservação óssea, proteção cardiovascular, melhora do sono, da cognição, da lubrificação vaginal e do bem-estar emocional. “Obesidade, sedentarismo e álcool aumentam muito mais o risco de doenças e câncer do que a TRH bem indicada”, explica.
Para Loures, climatério e menopausa não precisam ser vistos como o fim da feminilidade. “Podem ser o início de um novo capítulo vivido com vitalidade, segurança e prazer. Porque não é só sobre hormônios, é sobre o direito de se sentir viva, confiante e no comando da própria história”, conclui.