Jelly Shoes: a tendência divertida que domina o verão 2026

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Lembra das sandálias de PVC, que marcaram a infância e adolescência dos anos 90 e 2000? Bem, elas estão oficialmente de volta, mas desta vez, mais confortáveis, elegantes e totalmente na moda. Agora, as Jelly Shoes não são apenas um acessório lúdico, mas protagonistas de produções que passeiam entre o casual e o fashionista.
Parte desse retorno pode ser explicada pelo apelo emocional. As buscas online pelo termo “sapatos de gelatina” cresceram de forma expressiva nos últimos meses, refletindo um desejo coletivo de resgatar peças que remetem a lembranças afetivas. Esse “revival”, entretanto, não vem sozinho. Ele surge dentro de um contexto estético marcado pela forte influência Y2K, pelo maximalismo criativo e pela valorização de itens que traduzem espontaneidade e diversão.
Nas passarelas internacionais, as Jelly Shoes já foram vistas em versões mais sofisticadas, com aplicações de brilho, pedrarias e formatos arrojados. Nas ruas, aparecem em paletas vibrantes, do neon ao pastel, adaptando-se tanto a produções minimalistas quanto a looks extravagantes.

A grande aposta está justamente na versatilidade, pois elas transitam bem entre a praia, os festivais de verão e até o ambiente urbano, acompanhando vestidos fluidos, saias midi e até alfaiataria desconstruída.
O toque divertido é inegável. Com textura translúcida e acabamento brilhante, as jelly shoes trazem frescor imediato ao visual. Para quem gosta de ousar, vale apostar em combinações inesperadas de sandálias jelly com meias coloridas, por exemplo, já despontam como truque de styling para um resultado ousado e jovial.

O dilema fashion da Jelly Shoes: estilo x sustentabilidade
Se por um lado as jelly shoes representam leveza, cor e diversão, por outro levantam uma discussão séria e necessária que é a sustentabilidade. Afinal, a maioria dos modelos é produzida em PVC, material plástico que não apenas gera impacto ambiental significativo, mas também é questionado por seus efeitos à saúde.
Esse dilema coloca os designers diante de um desafio em como ressignificar um ícone da moda sem ignorar as demandas contemporâneas por responsabilidade socioambiental? Algumas marcas já começam a testar alternativas, como o uso de plásticos reciclados, biopolímeros e até materiais biodegradáveis. Outras exploram edições limitadas em collabs especiais, reforçando a ideia de exclusividade para reduzir a produção em massa.

A verdade é que o consumidor atual está mais consciente. Não basta que um produto seja apenas bonito ou nostálgico, porém ele precisa estar alinhado a valores como ética, transparência e compromisso ambiental. Nesse sentido, a aceitação das jelly shoes em 2026 pode depender diretamente da capacidade das marcas de inovar em materiais e processos de fabricação.
Apesar da polêmica, é importante destacar que a moda sempre soube se reinventar diante de críticas e transformações sociais. Se o PVC já foi sinônimo de futurismo e irreverência, talvez agora seja o momento de transformá-lo em símbolo de reinvenção sustentável. A pergunta que fica é, veremos uma versão eco-friendly das jelly shoes conquistar o mercado nos próximos anos?
Reviver essa nostalgia das Jelly Shoes também vale questionarmos os rumos da moda. Essas sandálias representam a dualidade perfeita entre o desejo de reviver memórias afetivas e a urgência de repensar práticas produtivas e conscientes.
Seja em cores vibrantes nas ruas ou em versões sofisticadas nas passarelas, o fato é que as jelly shoes conquistaram espaço no verão de 2026. O futuro, porém, dependerá de como a indústria responderá ao desafio sustentável. Até lá, esse ícone retrô segue lembrando que a moda é, acima de tudo, um reflexo do diálogo entre passado, presente e futuro. E aí, pronta para arrasar com a sandália Jelly?